O que Deus ajuntou … (m)

Cap. 12 — Resumo

James Burnett

Este livro é o produto de muito estudo diligente e pesquisa meticulosa. Muito tempo e esforço foi dedicado a este trabalho, e é o desejo e a oração de todos que possa trazer respostas à muitas perguntas. O verdadeiro valor do livro está no fato de que tudo o que é ensinado nele tem base na Palavra de Deus. Ele está, literalmente, saturado das Santas Escrituras. As mentes de muitas pessoas estão confusas, e este livro procura tratar de muitos problemas perplexos e muitas passagens difíceis. É a opinião deste escritor que o livro foi bem sucedido neste seu propósito.



Ao escrever este resumo minha intenção é simplesmente destacar a importância do que foi escrito. Todos concordarão que vivemos em dias escuros, difíceis e perigosos. No mundo em geral, o problema do divórcio tem alcançado proporções gigantescas. Até mesmo enquanto escrevo este artigo, a manchete do jornal de hoje diz: “Divórcio Rapidinho”, e o artigo explica que agora os casais (na Inglaterra) precisam esperar somente um ano, e não dois como antes, para obterem um divórcio não contestado, e dois anos, ao invés de cinco, se for contestado. Lamentavelmente, o problema do divórcio está infiltrando na comunidade cristã, e causando grande preocupação. Por isso esperamos que este livro possa ajudar, ao oferecer algumas respostas às muitas perguntas que estão sendo feitas e dar orientação útil, especialmente para os anciãos das igrejas locais.

Algumas conclusões importantes do livro

i) O adultério não é motivo para se divorciar. O divórcio em si não destrói o vínculo matrimonial; somente a morte ou o arrebatamento da Igreja podem fazer isto. Pessoas divorciadas e casadas de novo, enquanto o primeiro cônjuge vive, estão cometendo adultério e, mesmo confessando ser salvos, não possuem condições morais de estar em comunhão numa igreja local enquanto o relacionamento continua. Talvez estas afirmações sejam consideradas muito severas, mas são bíblicas. A comunhão da igreja de Deus precisa ser, sempre, mantida pura. Precisamos sempre lembrar que, como membros da Sua igreja, pertencemos ao que é de Deus. Isso deve ser o suficiente para evitar a entrada de qualquer contaminação. Que todos os jovens salvos possam lembrar que, antes do casamento, deve haver pureza total e, depois do casamento, fidelidade total. Talvez isso pareça estranho no ambiente imoral de hoje, mas isto realmente esta de acordo com a mente de Deus.

ii) O casamento não é uma instituição cristã, mas uma instituição criacionista. A lei de Deus que governa o casamento foi dada em Gênesis, no princípio da história humana. Assim, deve ser obedecida por toda a humanidade.

iii) Este livro também trata da questão de exatamente quando um matrimônio acontece — quando é que o casal se torna marido e esposa? Vimos que não é na consumação. Pode ser que esta consumação não seja possível, por exemplo, no caso de doença, problemas físicos, ou idade avançada. Vimos claramente que Adão chamou Eva de “sua mulher” antes de a “conhecer”, e que as relações sexuais não estabelecem um casamento (e estas relações íntimas somente são legítimas dentro do casamento). Também foi provado que a imoralidade sexual depois do casamento não desfaz o casamento. O vínculo matrimonial é estabelecido quando o casal faz seus votos na presença de Deus, e assim são pronunciados marido e mulher. Um homem e uma mulher que se casaram entraram numa aliança e permanecem casados “até que a morte os separe”. Este é o ensino claro e irrefutável das Escrituras.

iv) Pessoas divorciadas e casadas de novo e que depois disto são salvas, se continuarem a viver juntas não devem ser batizadas. É possível que tais pessoas, ouvindo o Evangelho, creiam e sejam salvas. Alguns dizem que tais pessoas devem ser batizadas, mas o que diz a Palavra de Deus? Rm 6:11 nos diz que devemos nos considerar “mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor”. No batismo, as pessoas realmente estão declarando publicamente, quando entram na água, que já morreram com Cristo, e quando são imersas na água, que foram sepultadas com Cristo, e quando saem da água, que foram ressuscitadas para andar em novidade de vida. Como pode uma pessoa vivendo em pecado declarar que está andando em novidade de vida? As duas coisas não combinam. Se fossem moralmente aptos para serem batizados então, logicamente, seriam candidatos para a recepção na comunhão da igreja. Portanto, concluímos que as pessoas divorciadas e casadas de novo (e ainda vivendo juntas) enquanto o primeiro cônjuge ainda vive não são aptas para o batismo ou para a recepção na comunhão.

Obviamente há muita dificuldade, muitos problemas complicados e circunstâncias particulares que causam muito sofrimento e angústia. Todos os que participaram na produção deste livro entendem isto perfeitamente, e são muito sensíveis e solidários àqueles que se encontram nestas circunstâncias estranhas. Todos têm experiência de primeira mão das aflições pelas quais alguns amados irmãos têm passado. Alguns, como anciãos e ensinadores, têm dado conselhos a irmãos afetados por estes problemas matrimoniais, e também guiado igrejas locais nestas situações complicadas. Eles também entendem perfeitamente que muitos estão envolvidos em situações lamentáveis fora do seu controle.

Nem todo o sofrimento é por culpa da própria pessoa, mas não podemos basear nosso julgamento em sentimentalismo. Temos de permitir que a Bíblia seja nosso conselheiro, e que o Senhor tenha a palavra final.

É o desejo e oração de todos aqueles associados com esta obra que ela tenha uma ampla circulação. Este livro foi escrito com o desejo sincero de que seja lido por pessoas com mentes abertas e livres de qualquer preconceito. Por favor, leia-o com cuidado e com oração. Muitos livretos e folhetos estão circulando atualmente que somente confundem o povo de Deus e torcem a verdade.

Em conclusão, tendo destacado alguns dos assuntos principais do livro, damos um resumo dos pontos principais que devem ser notados:
  • O casamento é criacionista, não cristão.
  • O adultério não é um motivo justo para se divorciar.
  • O divórcio não desfaz o vínculo matrimonial — somente a morte ou o arrebatamento fazem isto.
  • A consumação não é essencial para criar um casamento.
  • A graça não torna um ato injusto em justo.
  • Existe a prática do adultério perpétuo, que acontece quando uma pessoa divorciada se casa de novo enquanto o primeiro cônjuge ainda vive.
  • Aqueles que estão em adultério perpétuo estão desqualificados para o batismo e a comunhão.
Que este livro possa ser de ajuda a todos que o lerem, e que possa ir avante com a aprovação e a bênção de Deus!

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