O Big Bang ou a Grande Crença?

O texto abaixo é um dos capítulos do livro “E Disse Deus…”, de autoria do dr. Farid Abou-Rahme, publicado pela Editora Sã Doutrina. [comprar]


“Ele [Deus] fez a terra pelo Seu poder” (Jeremias 10:12).


A Bíblia começa com as palavras majestosas: “No princípio criou Deus” (Gênesis 1:1). Os evolucionistas sugerem o que eles chamam de a resposta da ciência para a Criação e para a necessidade de um Deus: o “Big Bang” (a Grande Explosão).

De acordo com Stephen Hawking, Professor da Universidade de Cambridge, que publicou o Big Bang como ciência no seu livro Brief History of Time (Breve História do Tempo), a teoria é mais ou menos a seguinte:

No princípio havia um “ovo cósmico” que era do tamanho de uma partícula de poeira sobre uma mesa. Esta partícula continha toda a massa condensada de todo o Universo!

De onde veio isto? Já existia no princípio! (As pessoas aceitam a palavra de Hawking mas recusam aceitar a palavra de Deus!)

A teoria então passa a explicar por que o Big Bang ocorreu há cerca de dez mil milhões de anos. É porque leva todo este tempo para pessoas inteligentes se evoluírem!

Em primeiro lugar uma geração inicial de estrelas teve que formar-se. Estas estrelas converteram um pouco do hidrogênio e hélio originais em elementos como o carbono e o oxigênio, dos quais nós fomos formados [1], e assim por diante.

Kraus, num livro recente, publicado em 1993, intitulado Has Hawking Erred? (Hawking Errou?) [2], fez uma estimativa conservadora da massa do Universo como sendo 8x1025 toneladas. A conclusão do seu livro foi: “A ideia de que uma partícula de matéria menor do que um grão de poeira sobre a minha mesa pudesse ter contido a massa condensada de todo o Universo vai muito além dos limites da credibilidade. … A teoria do Big Bang deve ser seriamente questionada”.

Não é de se admirar que, em l992, E. J. Lerner escreveu um livro contendo 465 páginas intitulado: The Big Bang Never Happened: a Startling Refutation of the Dominant Theory of the Origin of the Universe (O Big Bang nunca Aconteceu: uma Refutação Surpreendente da Teoria Dominante da Origem do Universo). No seu livro ele argumenta que o Big Bang é apenas um mito que contradiz observações científicas:

“O Big Bang falhou em todos os testes, e mesmo assim permanece a cosmologia dominante, e a montanha de teorias e hipóteses cresce constantemente. Os cosmologistas de hoje … retornaram a uma forma de mito matemático … Carreiras inteiras em cosmologia foram fundamentadas sobre teorias que nunca foram submetidas a testes observacionais, ou que falharam nestes testes, mas mesmo assim foram mantidas.

“Há mais do que ciência envolvido aqui. Enquanto o Big Bang como teoria científica é cada vez menos apoiada por dados científicos, sua preeminência em nossa cultura aumentou. A imprensa científica a aceita como verdade inquestionável” [3].

A teoria que Lerner propôs para substituir o Big Bang é baseada em imaginação ainda mais absurda, o que parece ser a tendência da maioria dos “cientistas” evolucionários de hoje!

Tanto Kraus como Lerner não são cristãos.

Em agosto de 1989, o muito lido jornal britânico Nature trazia um editorial intitulado: Down with the Big Bang (Abaixo o Big Bang) [4] que descrevia a teoria como inaceitável, e predisse que ela “provavelmente não sobreviverá à próxima década”. O jornal concluiu dizendo o seguinte sobre o Big Bang: “Em todos os aspectos salvo o da conveniência, esta teoria sobre a origem do Universo é completamente insatisfatória. Ela é um efeito cuja causa não pode ser identificada e nem mesmo discutida”.

Os comentários do Dr. Colin Patterson, Paleontologista Principal do Museu Britânico de História Natural em Londres, numa entrevista na BBC (4 de Março, l982), descrevem a assim chamada evidência a favor da Evolução como “pouco mais do que contos de fada”! [5].

A situação torna-se pior ainda quando os assim chamados cientistas acreditam nos contos de fada que relatam às pessoas e saem à procura de provas, a um enorme custo material para a humanidade, sem mencionar o ainda maior custo moral e espiritual.

Para ilustrar isto, e a manipulação de dados feita para promover a Evolução a qualquer custo, vamos a uma viagem rápida ao Cabo Canaveral, ao centro de operações da Agência Espacial Norte Americana — NASA, e em especial à sala de operações do satélite que explora a radiação cósmica de fundo (COBE: COsmic Background Explorer).

Na sua tentativa de fazer a teoria do Big Bang parecer científica, os evolucionistas disseram que as bolas de fogo — que supostamente evoluíram até se transformarem em estrelas e galáxias — deveriam aparecer como saliências num mapa que traçava as diferenças de temperatura da radiação cósmica de fundo.

Simplificando: se os cientistas apontassem seus detectores em direções diferentes eles deveriam ver pequenas diferenças na temperatura da radiação. Ao invés de formar uma linha horizontal reta, quando traçado num mapa celeste, os resultados deveriam mostrar altos e baixos.

A lógica então foi invertida; se as saliências estivessem presentes, então o Big Bang seria verdade! Em l989, o satélite Explorer foi lançado para obter esta evidência.

1991: o satélite ainda registrava a ausência de saliências! De acordo com cientistas da Universidade de Princetown, numa reportagem na revista New Scientist, sob o título Background radiation deepens confusion for Big Bang theorists (Radiação de fundo aumenta a confusão para teóricos do Big Bang):

“…muitas das teorias aceitas sobre a formação das galáxias terão que ser descartadas se os dados acumulados pelo satélite que explora a radiação cósmica de fundo forem publicados … teóricos do Big Bang estarão em grande dificuldade quando os dados forem divulgados” [6].

A mesma fonte continuou:

“Mas as autoridades que tratam do assunto não estão divulgando os dados”.

Por que será ?!

1992: continuava a ausência de saliências! Pânico na sala de operações! O financiamento estava em risco! O Big Bang estava em sérias dificuldades!

Abril de 1992: Foi tomada a decisão de chamar todos os repórteres e afirmar que as saliências haviam sido encontradas. Repórteres do mundo todo tiveram um ótimo dia! Quase todos os jornais no Reino Unido traziam artigos, na manhã seguinte, contra Deus e contra a Criação.

Não foi dito a ninguém que a equipe de cientistas teve que admitir que as saliências não eram saliências reais, mas que estavam dentro do nível de ruídos instrumentais. E não foi dito a ninguém que as saliências representavam uma diferença de temperatura de 1/100.000 de um grau, o que é absolutamente insignificante!

Não foi dito a ninguém que, mesmo se houvesse saliências, há tantas outras explicações científicas para elas além do “Big Bang”! Isto foi revelado somente depois, sob pressão, à fontes científicas.

Lerner, em seu livro The Big Bang Never Happened (O Big Bang nunca Aconteceu), descreveu a reação da mídia:

“Quando os resultados foram anunciados, numa reunião da Sociedade Astronômica, houve até mesmo aplausos (o que não é comum em conferências científicas!). Mas depois de algumas horas, os teóricos perceberam que estas notícias, na realidade, eram más” [7].

Se você é um cristão, você se sente ameaçado por tais notícias? Você está preocupado? Sua fé fica abalada? Você entra em pânico ou busca um meio de conciliação para encaixar o Big Bang em Gênesis 1?

Se você não é cristão, você se sente traído por que estes cientistas, em quem você confia, não lhe falam a verdade, toda a verdade e somente a verdade? Você fica indignado porque confia neles sobre assuntos tão importantes como a sua origem, e portanto o seu destino, e no entanto eles traem a sua confiança?

Este não é o único problema com o Big Bang. No próximo capítulo consideraremos a conclusão das leis fundamentais da ciência. Mas antes vamos olhar brevemente em mais um aspecto embaraçoso para aqueles que apoiam o Big Bang, conhecido como o “dilema da idade”!

Os evolucionistas criam que as estrelas têm 25 bilhões de anos (consideraremos as idades verdadeiras no Capítulo 9). Em 1994 o Telescópio Hubble, equipado com os equipamentos mais recentes e sofisticados, fez leituras da idade do Universo: 8 a 12 bilhões de anos! Isto foi publicado no Time Magazine de 7 de Novembro de 1994, sob o título Oops? … Wrong Answer! (Opa! … Resposta Errada!) dizendo, “Se a idade parece ser mais próxima a 8 bilhões de anos, então o Big Bang pode ser descartado!” [8].

Isto prolongou-se enquanto os dados eram analisados, e no Time Magazine de 6 de Março de 1995, sob o título Unravelling Universe … Here’s why Cosmology is in Chaos (Desembaraçando o Universo … Eis porque a Cosmologia está em Caos), o repórter escreveu, “Não se pode ser mais velho do que sua mãe! … Parece que o Universo ainda não compreendeu este item de bom-senso” [9]. O bom-senso aqui seria o fato de que é necessário que haja a existência de um Universo antes que qualquer estrela possa ser “formada” nele — no entanto as leituras mostravam estrelas mais velhas do que o Universo!

Stephen Hawking termina o seu livro A Brief History of Time (Uma Breve História do Tempo) dizendo: “Se encontrarmos a resposta a isso (por que nós e o Universo existimos), seria o triunfo máximo da razão humana — pois então conheceríamos a mente de Deus” [10].

Se pessoas como Hawking estivessem dispostas a pesquisar, encontrariam a resposta na Bíblia. Paulo escreveu aos Coríntios: “Porque, quem conheceu a mente do Senhor?”, e dá a resposta no mesmo versículo: “Mas nós temos a mente de Cristo” (I Coríntios 2:16).

Consideraremos o bom-senso nos próximos capítulos, lembrando que aqueles que promovem estas teorias ridículas, numa tentativa desesperada de Satanás para enfraquecer o poder de Deus, “voluntariamente ignoram isto” (II Pedro 3:5).

Referências
  1. Hawking, S. A Brief History of Time, Bantam Books, Grã Bretanha, 1995.
  2. Kraus, G. Has Hawking Erred? A Sceptical Appraisal of his Best Selling ‘A Brief History of Time’ — revealing a major cientific fallacy, Janus Publishing Company, Grã Bretanha, l993, pág. 153.
  3. Lerner, E.J. The Big Bang Never Happened: A Startling Refutation of the Dominant Theory of the Origin of the Universe, Simon e Schuster Ltd, Londres, 1991, pág. 54.
  4. “Down with the Big Bang”, Editorial, Nature, 10 de Agosto de 1989.
  5. “Cladistics”, Dr. Colin Patterson, entrevista na BBC, 4 de Março de 1992
  6. Vaughan, C. “Background Radiation Deepens the Confusion for Big Bang theorists”, New Scientist, 28 de Abril de 1990, pág. 38.
  7. Lerner (Ref. 3) pág.31.
  8. Lemonick, M.D.“Oops … Wrong Answer”, Time Magazine, 7 de Novembro de 1994.
  9. Lemonick, M.D. e Nash, J.M. “Unravelling Universe … Here’s why the Cosmology is in Chaos”, Time Magazine, 6 de Março de 1995.
  10. Hawking (Ref. 1) pág. 193.

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